Eusébio foi, portanto, um “herói” adequado a um país trágico,
que era feito de guerra, desenraizamento e saudade. Salvo a guerra (a colonial,
pelo menos), voltámos ao mesmo.
Manuel
Loff, Público (sem link)
Distribuir
indiferenciadamente por toda a esquerda a responsabilidade das dificuldades de
construção de uma alternativa - ou inclusivamente focá-la privilegiadamente na
esquerda à esquerda do PS - é algo que distorce a realidade.
(…)
Desculpabilizar
deste modo as lideranças socialistas e responsabilizar a esquerda à esquerda do
PS por aquilo que é uma escolha consciente e livre daquelas lideranças é algo
que só ajuda a que tudo fique na mesma.
(…)
Aquilo
que verdadeiramente bloqueia uma alternativa de governo à esquerda não é a
disponibilidade, ou falta dela, para governar. São as escolhas para a
governação de Portugal e da Europa. É a clarificação disso e das suas condições
de viabilidade que se exige.
Os indicadores com que nos
apresentam o êxito não coincidem com a realidade que as pessoas e a esmagadora
maioria das empresas vivem, pois os seus problemas estão a agravar-se e não a
diminuir.
(…)
As eleições europeias vão
realizar-se dez dias depois da "saída da troika", logo o Governo e os
seus apoiantes internos e externos, fazendo uma boa encenação, podem ajudar o
PSD e o CDS a ter mais uns votos, e a ganhar fôlego para prosseguirem nas suas
políticas.
(…)
Temos agora menos emprego e
emprego de pior qualidade. Salários, pensões e prestações sociais mais baixos.
Pior saúde e ensino. Milhares de empresas destruídas. Maior concentração da
riqueza. Mais desigualdades, injustiças e pobreza. Um Estado social fragilizado
e o Orçamento do Estado ao dispor dos negócios dos grandes capitalistas.
Desde o início desta crise – tal como diversos estudos
evidenciam, designadamente da OIT – em todo o Mundo as desigualdades sociais,
assim como o número de pessoas em risco de pobreza e exclusão social,
aumentaram significativamente.
Glória
Rebelo, professora universitária e investigadora, Público (sem link)
Se a actual crise veio mostrar algo, esse algo é que precisamos
urgentemente de partilhar mais e de construir um Estado mais social e menos
pessoal.
Gustavo
Cardoso, docente universitário e investigador, Público (sem link)
Hoje, Portas não pode falar
para os nichos eleitorais que jurou defender com “linhas vermelhas” e não tem
nenhum argumento que permita diferenciar-se do PSD.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem
link)
A escolha do novo presidente
da Parpública mostra como este Governo trata os interesses empresariais do
Estado: a pontapé. E nisso o Governo é exímio.
Nicolau Santos, Expresso Economia (sem
link)
Para a maioria dos
americanos, não há recuperação com 95% dos ganhos a irem para 1% da população mais
rica.
(…)
Em ambos os lados do
Atlântico, as economias de mercado não estão a conseguir cumprir o prometido à
maioria dos cidadãos.
Joseph E. Stiglitz, Prémio Nobel da
Economia, Expresso Economia (sem link)
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