terça-feira, 14 de janeiro de 2014

OS BOMBOS DA FESTA



Os reformados e pensionistas continuam a ser os bombos da festa para este Governo que é forte perante os fracos e fraco perante os fortes. Quando é preciso arrecadar mais uns milhões para as contas do Estado, lá estão os massacrados de sempre que, pelas razões conhecidas, têm pouca capacidade de resposta perante agressões deste tipo.
O aumento do número de pensões afectadas pela CES é o tema deste curto texto da Presidente da APRe! que transcrevemos do Diário As Beiras de Hoje.
A agressão aos reformados e pensionistas de Portugal continua. Informam-nos que a decisão foi tomada por unanimidade, possivelmente com o intuito de mostrar um pacto de defesa mútua dos ministros perante a indignidade cometida.
Insensível ao bom senso e à decência, insensível à desmontagem dos argumentos falaciosos que tem sido feita por parte de insuspeitas personalidades, o Governo vai avançando no ataque a um dos alvos mais massacrados: os reformados.
O que foi anunciado significa um aumento no número de pensões afectadas pela CES e um agravamento dos cortes a muitas pensões que já eram abrangidas. Está sobejamente demonstrado que a medida não é objectivamente necessária. Trata-se de uma exigência ideológica imposta, ou auto-imposta, para não dizer que é uma manifestação de perversidade.
Acresce que é manifestamente um imposto. Imposto sobre o qual se paga outro imposto numa manifestação de arrogância e desprezo por um princípio que julgávamos básico: a não aplicação da dupla tributação.
Manifestamente, o Governo não pretende defender uma parte substancial dos portugueses, não pretende chegar a consensos. Despreza os reformados e pensionistas que tiveram uma longa vida contributiva e uma vida de trabalho decente, nomeadamente nas posições e actividades profissionais que mais contribuiram para o desenvolvimento de Portugal. Escravo de um extremismo inaceitável, o Governo parece só entender a força dos tribunais e despreza a força eleitoral dos ofendidos.
O nosso lema tem sido o seguinte: “não somos descartáveis”. Doravante somos obrigados a dizer: “não somos descartáveis mas votaremos”.

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