José Manuel Pureza, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, vai agendar proposta de comissão de inquérito na conferência de líderes de terça-feira.
Quase três meses depois do anúncio, o Bloco de Esquerda vai esta terça-feira, na conferência de líderes, agendar o debate para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito sobre o incumprimento das contrapartidas na compra de material militar.
“Não vemos por que razão esperar mais tempo para agendar o debate e confrontar as forças políticas com esta proposta”, afirmou ao PÚBLICO José Manuel Pureza, líder parlamentar bloquista.
O BE quer um inquérito parlamentar às contrapartidas, negócios prometidos às empresas portuguesas pelos consórcios vencedores na compra de equipamento militar, como os submarinos, aviões, blindados e aviões, num total de 2,9 mil milhões de euros até 2014.
A taxa de execução das contrapartidas era de 22,2 por cento no final de 2009, de acordo com o último relatório da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC), presidida por Pedro Catarino, que é ouvido esta terça-feira na comissão de Defesa Nacional.
Inicialmente, quando o BE apresentou a proposta de inquérito em Janeiro, PS, PSD e CDS tinham reservas quanto à sua aprovação.
Nas últimas semanas, com as notícias das investigações em Portugal e na Alemanha, ao negócio da compra dos submarinos, os socialistas admitem agora viabilizar uma proposta de inquérito centrada nos submarinos. Paulo Portas, líder do CDS e ministro da Defesa que assinou a compra dos dois Tridente, admitiu também que os democratas-cristãos apresentem uma proposta de inquérito, mas a todas as compras na Defesa.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Bloco quer agendar já comissão de inquérito às contrapartidas
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