PS e PSD mostraram-se hoje contrários ao agendamento do debate e votação de uma comissão de inquérito às contrapartidas militares, proposta pelo Bloco de Esquerda. Os dois partidos argumentaram que é preciso esperar pelas audições sobre este assunto, que estão a decorrer na comissão de Defesa. Mas a questão ficou apenas adiada: nos próximos dias. O CDS vai também propor a criação de um inquérito parlamentar, abrangendo todos os contratos de financiamento e contrapartidas militares realizados nos últimos 12 anos.
Uma iniciativa em «defesa do prestígio e da operacionalidade das Forças Armadas», afirmou o centrista Nuno Magalhães, no final da conferência de líderes, adiantando que a proposta do CDS quer abarcar as decisões de todos os governos, desde 1998 a 2010.
Também o PSD não fecha a porta a uma decisão idêntica, mas só depois de conhecidos os resultados das audições na comissão de Defesa. «No final verificaremos se existem factos novos que nos permitam avançar para a comissão de inquérito», sustentou o deputado social-democrata, considerando que é de uma «total hipocrisia política» querer avançar já com essa decisão. O assunto fica assim adiado para a próxima conferência de líderes.
Pelo BE, José Manuel Pureza, líder parlamentar do partido, afirmou que esta decisão do «Bloco Central», de se opor ao agendamento imediato de um inquérito, deixa o País «pendente de um esclarecimento que é absolutamente urgente».
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