terça-feira, 31 de maio de 2011

'Agora só conta uma palavra: decidir'


Está escolhido o mote até ao final da campanha. «Amigo, o que é que vais fazer do teu voto?», perguntou hoje Francisco Louçã, num ‘mini’ discurso no meio da rua Augusta, em Lisboa. O líder do BE promete repetir a questão «a toda a gente, um a um, nas ruas, nas fábricas», onde quer que passe. Porque «daqui até ao final da campanha só conta uma palavra: decidir».Uma estratégia para chegar aos socialistas desiludidos, para virar votos brancos e nulos, mas sobretudo para convencer os abstencionistas. Hoje, na arruada que partiu do Largo Camões, desceu o Chiado e foi até à rua Augusta, Louçã voltou a ouvir um discurso que se repete nas ruas.



«Está a ver a minha idade, os meus cabelos brancos? Já votei nos partidos todos, agora estou a pensar não votar em ninguém. E os meus filhos também. Estamos fartos disto», queixou-se um reformado do sector bancário. Louçã deteve-se e durante alguns minutos tentou convencer o interlocutor de que é preciso escolher - «Faz mal, vote em quem o defende, vote para não ser enganado, não se deixe enganar outra vez.» «Vou pensar», foi a resposta final.

A conversa com este reformado foi uma excepção na arruada desta tarde, feita de cumprimentos rápidos, bem menos calorosa que idênticas iniciativas feitas noutras paragens. Ao lado de Louçã esteve sempre o eurodeputado Miguel Portas. Luís Fazenda e Helena Pinto, candidatos por Lisboa, também desceram o Chiado, ao som de bombos e gaita-de-foles, e dos slogans entoados pela comitiva bloquista: «FMI, sai daqui» ou «Sócrates e Passos vão ver se chove, não queremos voltar ao século XIX».

No final, Louçã discursou para um microfone colocado pelo BE a meio da rua Augusta. Foi ainda ao «amigo» eleitor de esquerda que se dirigiu, pedindo o voto na «esquerda de compromisso pelo emprego e contra a bancarrota» - «Se o entregares a José Sócrates, o voto que é teu passou a ser contra ti, o voto que é teu vai permitir o congelamento das reformas, a privatização da Caixa Geral de Depósitos, a liberalização dos despedimentos.

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