A primeira semana oficial de campanha eleitoral saldou-se por um deserto de ideias sobre o futuro de Portugal por parte dos dois principais candidatos à governação. Até à próxima sexta-feira vai ser mais do mesmo. Nada que não se esperasse porque o futuro será o que o FMI quiser.
Da parte do CDS, Paulo Portas, outro FMIsta encartado, praticamente não assume compromissos à espera das 19 horas do dia 5 de Junho para se decidir por qual lado tenderá.
Todos os dias surge um caso para a galeria do que de mais desinteressante se fizer durante a campanha eleitoral, acompanhado de troca de insultos, o que tem apenas o condão de mostrar a falta de propostas para o futuro de Portugal. Aliás, parece que neste aspecto, tanto PS como PSD estão a jogar no mesmo tabuleiro: acompanhar o seu vazio de ideias de um espampanante marketing como se estivessem a tratar de coisa séria.
Assim, ressaltou à vista o silêncio ensurdecedor de Sócrates e Passos Coelho perante a diatribe com que a Sra. Merkel presenteou Portugal, ainda há pouco mais de uma semana quando, com voz grossa para impressionar os seus eleitores, afirmou que os portugueses têm excesso de férias à custa da ajuda financeira da Alemanha. Curiosamente, nenhum dos principais candidatos a primeiro-ministro levantou a sua voz política perante um excelente temas para abordar em plena campanha eleitoral. “Portugal paga aos bancos alemães juros superiores a nove por cento, pelos empréstimos sobre a dívida soberana. Paga ao FMI e a Bruxelas juros superiores a cinco por cento. É caso para perguntar quem ajuda quem?” (1)
Não seria caso para uma guerra de palavras com a governante alemã mas os portugueses veriam com muito bons olhos uma resposta política adequada, por quem poderá vir a assumir as mais altas funções de Estado.
(1)Sérgio Borges (Diário de Coimbra, 29/5/2011)
Luís Moleiro
Da parte do CDS, Paulo Portas, outro FMIsta encartado, praticamente não assume compromissos à espera das 19 horas do dia 5 de Junho para se decidir por qual lado tenderá.
Todos os dias surge um caso para a galeria do que de mais desinteressante se fizer durante a campanha eleitoral, acompanhado de troca de insultos, o que tem apenas o condão de mostrar a falta de propostas para o futuro de Portugal. Aliás, parece que neste aspecto, tanto PS como PSD estão a jogar no mesmo tabuleiro: acompanhar o seu vazio de ideias de um espampanante marketing como se estivessem a tratar de coisa séria.
Assim, ressaltou à vista o silêncio ensurdecedor de Sócrates e Passos Coelho perante a diatribe com que a Sra. Merkel presenteou Portugal, ainda há pouco mais de uma semana quando, com voz grossa para impressionar os seus eleitores, afirmou que os portugueses têm excesso de férias à custa da ajuda financeira da Alemanha. Curiosamente, nenhum dos principais candidatos a primeiro-ministro levantou a sua voz política perante um excelente temas para abordar em plena campanha eleitoral. “Portugal paga aos bancos alemães juros superiores a nove por cento, pelos empréstimos sobre a dívida soberana. Paga ao FMI e a Bruxelas juros superiores a cinco por cento. É caso para perguntar quem ajuda quem?” (1)
Não seria caso para uma guerra de palavras com a governante alemã mas os portugueses veriam com muito bons olhos uma resposta política adequada, por quem poderá vir a assumir as mais altas funções de Estado.
(1)Sérgio Borges (Diário de Coimbra, 29/5/2011)
Luís Moleiro
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