Para todos os efeitos, há meses que nos encontramos em campanha eleitoral. Sabíamos, desde a tomada de posse deste governo que as eleições antecipadas seriam uma inevitabilidade, mais tarde ou mais cedo.
No momento difícil que atravessamos devemos criar uma couraça forte contra o charlatanismo político, o folclore eleitoral sem qualquer conteúdo, para além de frases tipo “pronto a pensar” e os discursos vazios em que o único objectivo é impressionar as multidões.
O cidadão livre que pensa pela sua própria cabeça não pode deixar-se levar por slogans publicitários do género daqueles que servem para vender detergentes ou pastas de dentes.
Por um feliz acaso encontrámos no ‘Diário As Beiras’, fazendo parte de um artigo de opinião, uma espécie de guia em seis pontos para uma votação consciente. Ei-la no seu essencial:
“1.A mudança faz-se com esclarecimento e com verdade. Por favor queira saber os detalhes e exija saber a verdade. Coisas simples: quanto dinheiro recebe o Estado por ano, quanto gasta por ano, quanto deve ao estrangeiro e qual é o montante global de todos os seus compromissos, e quanto paga de juros e de amortização de dívida;
2.A mudança faz-se com responsabilidade. Por que razão atingimos este valor da dívida verdadeiramente pornográfico? Como foi atingido, desde quando e quem tomou as decisões? Obtenha essa informação e discuta-a com os seus amigos e familiares. Sem paixões; só a frieza dos números e da realidade;
3.A mudança faz-se com objectivos. O que pretendem os vários candidatos? Como antecipam Portugal a médio e longo prazo? Como pretendem envolver todo o país nessa tarefa? Por favor, não participe no folclore da campanha, nas demonstrações de multidão e outras iniciativas desse tipo. Lembre-se que com festas e bolos se enganam os tolos;
4.A mudança faz-se com um programa. Recuse o marketing, as frases feitas e o discurso oficial vazio de conteúdo. Exija que lhe expliquem o que pretendem fazer, como, com que resultados e como vamos fazer para resolver definitivamente este nosso atraso relativamente ao resto do mundo;
5.A mudança faz-se com uma mensagem forte de esperança. Olhe para os interlocutores dos vários partidos e ouça o que eles lhe dizem. Veja o respectivo curriculum profissional e a forma como foi obtido. Não valide, sem questionar, as escolhas partidárias. Faça o seu próprio juízo sobre os candidatos a “eleitos”. Transmitem-lhe confiança e esperança? Avalia-os como elementos de mudança?
6.A mudança faz-se apelando à participação e à reflexão. A tarefa que temos pela frente exige a mobilização de todos os portugueses. Essa é uma capacidade inerente aos líderes e aos homens/mulheres de estado. É uma característica rara, muito complicada de observar nestes tempos de imagens. Os verdadeiros líderes apelam à reflexão e à inteligência dos seus interlocutores. Não temem essa atitude, mas antes a consideram um forte aliado de uma estratégia forte de desenvolvimento.” (Norbeto Pires)
O uso criterioso e inteligente do voto é essencial para o bem dos portugueses e deve sê-lo demonstrado para que nos respeitem e não nos tentem enganar. Aqui reside a força da democracia que não podemos desperdiçar.
Luís Moleiro
No momento difícil que atravessamos devemos criar uma couraça forte contra o charlatanismo político, o folclore eleitoral sem qualquer conteúdo, para além de frases tipo “pronto a pensar” e os discursos vazios em que o único objectivo é impressionar as multidões.
O cidadão livre que pensa pela sua própria cabeça não pode deixar-se levar por slogans publicitários do género daqueles que servem para vender detergentes ou pastas de dentes.
Por um feliz acaso encontrámos no ‘Diário As Beiras’, fazendo parte de um artigo de opinião, uma espécie de guia em seis pontos para uma votação consciente. Ei-la no seu essencial:
“1.A mudança faz-se com esclarecimento e com verdade. Por favor queira saber os detalhes e exija saber a verdade. Coisas simples: quanto dinheiro recebe o Estado por ano, quanto gasta por ano, quanto deve ao estrangeiro e qual é o montante global de todos os seus compromissos, e quanto paga de juros e de amortização de dívida;
2.A mudança faz-se com responsabilidade. Por que razão atingimos este valor da dívida verdadeiramente pornográfico? Como foi atingido, desde quando e quem tomou as decisões? Obtenha essa informação e discuta-a com os seus amigos e familiares. Sem paixões; só a frieza dos números e da realidade;
3.A mudança faz-se com objectivos. O que pretendem os vários candidatos? Como antecipam Portugal a médio e longo prazo? Como pretendem envolver todo o país nessa tarefa? Por favor, não participe no folclore da campanha, nas demonstrações de multidão e outras iniciativas desse tipo. Lembre-se que com festas e bolos se enganam os tolos;
4.A mudança faz-se com um programa. Recuse o marketing, as frases feitas e o discurso oficial vazio de conteúdo. Exija que lhe expliquem o que pretendem fazer, como, com que resultados e como vamos fazer para resolver definitivamente este nosso atraso relativamente ao resto do mundo;
5.A mudança faz-se com uma mensagem forte de esperança. Olhe para os interlocutores dos vários partidos e ouça o que eles lhe dizem. Veja o respectivo curriculum profissional e a forma como foi obtido. Não valide, sem questionar, as escolhas partidárias. Faça o seu próprio juízo sobre os candidatos a “eleitos”. Transmitem-lhe confiança e esperança? Avalia-os como elementos de mudança?
6.A mudança faz-se apelando à participação e à reflexão. A tarefa que temos pela frente exige a mobilização de todos os portugueses. Essa é uma capacidade inerente aos líderes e aos homens/mulheres de estado. É uma característica rara, muito complicada de observar nestes tempos de imagens. Os verdadeiros líderes apelam à reflexão e à inteligência dos seus interlocutores. Não temem essa atitude, mas antes a consideram um forte aliado de uma estratégia forte de desenvolvimento.” (Norbeto Pires)
O uso criterioso e inteligente do voto é essencial para o bem dos portugueses e deve sê-lo demonstrado para que nos respeitem e não nos tentem enganar. Aqui reside a força da democracia que não podemos desperdiçar.
Luís Moleiro
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