A Taxa Social Única (TSU) foi tema da passada semana entre PS e PSD. Sabe-se que para a TSU os trabalhadores descontam 11% e as entidades patronais 23,5%.
PS e PSD estão apostados em reduzir significativamente a contribuição das empresas para a TSU. Cada um parece querer rivalizar com o outro nesta redução que faz parte do memorando de entendimento com a troika embora o PS o queira esconder. Em boa hora Francisco Louçã desmascarou mais este ataque ao Estado Social que não admira quando vem da direita mas no qual José Sócrates está igualmente envolvido embora o queira ocultar por motivos óbvios.
Mas, o pior é que a poupança que irá ser feita nos bolsos das entidades patronais tem de ser compensada com o aumento do IVA que, como se sabe, é um imposto que atinge indiscriminadamente toda a gente sendo que os que mais sofrem são aqueles que menos recursos possuem. Assim, irá assistir-se, de forma indirecta a uma transferência de riqueza do bolso dos trabalhadores para os cofres das empresas.
No texto seguinte (14/5), Marisa Matias, eurodeputada do BE, analisa muito bem a situação e denuncia as suas consequências.
“Na semana que agora termina o debate político ficou marcado pelos ditos e não-ditos a respeito da taxa social única.
Primeiro, o PSD anunciou a redução da contribuição das empresas em 4%, depois o PS atacou esta proposta, de seguida veio a saber-se que o próprio PS já tinha assumido como “objectivo crítico” da sua linha de orientação “conseguir uma grande redução da contribuição patronal para a segurança social”, finalmente veio o PSD dobrar a sua proposta de redução para 8%, alinhando assim com o PS no ataque ao Estado social.”
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Luís Moleiro
PS e PSD estão apostados em reduzir significativamente a contribuição das empresas para a TSU. Cada um parece querer rivalizar com o outro nesta redução que faz parte do memorando de entendimento com a troika embora o PS o queira esconder. Em boa hora Francisco Louçã desmascarou mais este ataque ao Estado Social que não admira quando vem da direita mas no qual José Sócrates está igualmente envolvido embora o queira ocultar por motivos óbvios.
Mas, o pior é que a poupança que irá ser feita nos bolsos das entidades patronais tem de ser compensada com o aumento do IVA que, como se sabe, é um imposto que atinge indiscriminadamente toda a gente sendo que os que mais sofrem são aqueles que menos recursos possuem. Assim, irá assistir-se, de forma indirecta a uma transferência de riqueza do bolso dos trabalhadores para os cofres das empresas.
No texto seguinte (14/5), Marisa Matias, eurodeputada do BE, analisa muito bem a situação e denuncia as suas consequências.
“Na semana que agora termina o debate político ficou marcado pelos ditos e não-ditos a respeito da taxa social única.
Primeiro, o PSD anunciou a redução da contribuição das empresas em 4%, depois o PS atacou esta proposta, de seguida veio a saber-se que o próprio PS já tinha assumido como “objectivo crítico” da sua linha de orientação “conseguir uma grande redução da contribuição patronal para a segurança social”, finalmente veio o PSD dobrar a sua proposta de redução para 8%, alinhando assim com o PS no ataque ao Estado social.”
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Luís Moleiro
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