domingo, 29 de maio de 2011

NEM TODOS SE CALAM (II)

Por muito controlo que haja sobre os dissidentes, nem todos se calam perante as evidências que a máquina de propaganda socrática pretende esconder e que o cidadão comum está farto de saber. Certamente, muita gente dentro do PS deverá querer ver-se livre de Sócrates mas ainda não tem coragem de levantar a voz. Talvez no próximo domingo se confirme este vaticínio. Almeida Santos já deu o tom…
O texto seguinte é o excerto de um artigo de opinião que vem hoje inserido no “Diário de Coimbra”, cujo autor é um militante do PS que clama frequentemente pelo rumo que o partido tem seguido pela mão de Sócrates. A comparação entre este e Passos Coelho não deixa margem para dúvidas.

(…) “O mais chocante é a actuação dos dois pretendentes a primeiro-ministro, figuras intelectualmente dissolutas, mas suficientemente irresponsáveis, para se julgarem aptos a destruir quase 900 anos de História. Um com provas dadas em seis anos que atiraram o país para a bancarrota. O outro pensando que, se o nível caiu tanto, também ele tem o direito de continuar a desgraçada obra do seu eventual antecessor. Em comum, têm a fé na impunidade que os protege.
Tudo o que Sócrates tem dito sobre o PS, com grande partido de esquerda e do Povo, é verdade, só não se percebendo que faz ele na liderança de uma tal instituição. O seu vínculo dogmático ao neoliberalismo é tão evidente que pouca gente acredita nesta recuperação dos grandes valores da esquerda. Chegamos a um ponto em que a mais insuspeita verdade dita por ele, é escutada pelo eleitorado como a mais execrável mentira.
E aproveitou a primeira semana de campanha para deixar de ser o candidato do PS, transformando-se no candidato do bloco central, ou ainda coisa pior.
Pedro Passos Coelho só se diferencia pela postura. Grita menos, mantém um porte mais razoável, tenta passar a ideia de ser mais bem-nascido que o rival, mas está contaminado pelos mesmos males, agravado pela gente que o rodeia. Politicamente mal estruturado, torna-se por isso vulnerável a todo o tipo de influências, sobretudo da horda neoliberal que o vai mantendo onde está. (…)”
(Sérgio Ferreira Borges)

Luís Moleiro

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