As mentes brilhantes caracterizam-se por, perante uma realidade concreta, num determinado momento, serem capazes de antecipar com alguma segurança o que está para acontecer. A situação que Portugal actualmente atravessa nem sequer necessita de mentes brilhantes – basta haver gente honesta e competente na área da economia – para se concluir que o pagamento da dívida que carregamos é impossível nas condições que nos foram impostas porque “Portugal tem de conseguir, com quebra de receitas e crise económica e social, um excedente orçamental de 3,5 por cento do PIB até 2013." Na realidade, "o Estado português já é insolvente".
A verdade é que, já algum tempo, PCP e BE, pelas vozes dos seus principais dirigentes, vêm alertando para a necessidade de uma renegociação atempada da dívida portuguesa porque, no quadro actualmente existente, não teremos quaisquer hipóteses de pagar. Quanto mais tarde a renegociação tiver início mais dificuldades teremos de obter ajustes que nos sejam mais favoráveis.
Ainda há poucos dias, perante Francisco Louçã, José Sócrates defendeu que a proposta de renegociação da dívida é a promoção do “calote”. Não esqueçamos esta afirmação tão peremptória…
De qualquer maneira o que tem vindo sucessivamente a constatar-se é que, cada vez mais gente qualificada entende que, para podermos satisfazer os nossos compromissos é necessário haver alteração das condições actualmente existentes. Foi o próprio Pedro Passos Coelho que o admitiu no debate de terça-feira à noite com Louçã.
Mais uma vez está a verificar-se que a esquerda vislumbrou soluções antes dos outros só que lhe falta a “força política para tornar as suas ideias hegemónicas”. Essa força política é obtida através do voto popular que, actualmente, sofre grande influência pela exposição mediática dos actores políticos. Muitas vezes a representação frente às câmaras de televisão é muito mais decisiva na captação de votos do que a elaboração de programas de qualidade com soluções acertadas. E o melhor actor, mesmo que não diga nada acaba por vencer.
Luís Moleiro
A verdade é que, já algum tempo, PCP e BE, pelas vozes dos seus principais dirigentes, vêm alertando para a necessidade de uma renegociação atempada da dívida portuguesa porque, no quadro actualmente existente, não teremos quaisquer hipóteses de pagar. Quanto mais tarde a renegociação tiver início mais dificuldades teremos de obter ajustes que nos sejam mais favoráveis.
Ainda há poucos dias, perante Francisco Louçã, José Sócrates defendeu que a proposta de renegociação da dívida é a promoção do “calote”. Não esqueçamos esta afirmação tão peremptória…
De qualquer maneira o que tem vindo sucessivamente a constatar-se é que, cada vez mais gente qualificada entende que, para podermos satisfazer os nossos compromissos é necessário haver alteração das condições actualmente existentes. Foi o próprio Pedro Passos Coelho que o admitiu no debate de terça-feira à noite com Louçã.
Mais uma vez está a verificar-se que a esquerda vislumbrou soluções antes dos outros só que lhe falta a “força política para tornar as suas ideias hegemónicas”. Essa força política é obtida através do voto popular que, actualmente, sofre grande influência pela exposição mediática dos actores políticos. Muitas vezes a representação frente às câmaras de televisão é muito mais decisiva na captação de votos do que a elaboração de programas de qualidade com soluções acertadas. E o melhor actor, mesmo que não diga nada acaba por vencer.
Luís Moleiro
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