sábado, 14 de maio de 2011

ALTERNATIVAS EXISTEM!

Se, no dia 5 de Junho, os portugueses derem rédea solta aos partidos que assinaram o acordo de assistência financeira com o FMI, abrirão a porta a toda a espécie de tropelias que nos queiram fazer. Na Irlanda e na Grécia os partidos que conduziram o respectivo país à intervenção externa foram duramente penalizados nas urnas e “vistos como vergonhas nacionais”. Em Portugal acontece que cada um dos elementos da troika partidária PS/PSD/CDS quer ser o que mais aplaude as medidas duríssimas que nos foram impostas. Querem convencer-nos que são uma inevitabilidade e já colocaram na comunicação social todos os seus peões a repetirem esta ideia até à exaustão acrescentando que as forças à esquerda do PS não têm “alternativas viáveis”. É uma rematada mentira que, à força de ser repetida, pretendem transformar em verdade…
Há alternativas credíveis propostas por gente séria que não está na política à procura de sinecuras para si nem para os amigos. Só que são sistematicamente acusados, quase sem oportunidade de debaterem, olhos nos olhos com os seus opositores. Ainda na última quinta-feira se assistiu num canal de televisão ao comentário sobre o debate Louçã-Jerónimo onde quatro jornalistas muito afins ideologicamente passaram o tempo a malhar naqueles dois dirigentes políticos, sem qualquer contraditório.
O texto que Daniel Oliveira publicou na passada terça-feira no Expresso online é mais um de muitos alertas que vêm a ser feitos ao povo português no sentido de não se deixar enredar na teia que nos prepararam. As eleições não são um campeonato em que se vai votar em quem se pensa que será o vencedor mesmo que seja o pior. E podemos pagar muito caro se essa ideia vingar.

Luís Moleiro

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