Para Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia em 2008, “é claro que a Grécia, a Irlanda e Portugal não podem e não vão reembolsar as suas dívidas totalmente, embora a Espanha possa consegui-lo”. Ele considera que as políticas de austeridade impostas pelo BCE se baseiam em “fantasias económicas”, a mais evidente das quais é garantir que os cortes nos gastos vão levar à criação de empregos através do aumento da confiança do sector privado.
O reputado economista norte-americano, considerado um keynesiano é professor de Economia e Assuntos Internacionais na Universidade de Princeton. Aquilo que Paul Krugman afirmou já vem a ser dito em Portugal por muita gente que é etiquetada de extremista, caloteira, radical, irresponsável, etc. De qualquer maneira é bom ficarmos cientes de que, mais tarde ou mais cedo, estaremos a renegociar a nossa dívida por muito que se insista que teremos condições de a pagar nas actuais condições. Quanto mais tarde o processo de renegociação se iniciar, menor é a nossa margem de manobra e maiores vão ser os sacrifícios que nos irão impor.
Radicais, irrealistas, caloteiros e irresponsáveis são aqueles que, por motivos ideológicos e, não só, “se recusam a debater o inevitável” como afirma Daniel Oliveira num excelente texto que assina no “Expresso” online de ontem.
Começa assim:
“A palavra que sempre aparece associada à dívida irlandesa, grega e portuguesa em todos os textos que por esse Mundo se vão escrevendo tornou-se numa palavra proibida no debate político português: renegociação. As contas são simples e não deixam enganar: é virtualmente impossível pagarmos a dívida acumulada e a que, para pagar a que já temos (e recapitalizarmos os bancos), acabámos de contrair.”
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Luís Moleiro
O reputado economista norte-americano, considerado um keynesiano é professor de Economia e Assuntos Internacionais na Universidade de Princeton. Aquilo que Paul Krugman afirmou já vem a ser dito em Portugal por muita gente que é etiquetada de extremista, caloteira, radical, irresponsável, etc. De qualquer maneira é bom ficarmos cientes de que, mais tarde ou mais cedo, estaremos a renegociar a nossa dívida por muito que se insista que teremos condições de a pagar nas actuais condições. Quanto mais tarde o processo de renegociação se iniciar, menor é a nossa margem de manobra e maiores vão ser os sacrifícios que nos irão impor.
Radicais, irrealistas, caloteiros e irresponsáveis são aqueles que, por motivos ideológicos e, não só, “se recusam a debater o inevitável” como afirma Daniel Oliveira num excelente texto que assina no “Expresso” online de ontem.
Começa assim:
“A palavra que sempre aparece associada à dívida irlandesa, grega e portuguesa em todos os textos que por esse Mundo se vão escrevendo tornou-se numa palavra proibida no debate político português: renegociação. As contas são simples e não deixam enganar: é virtualmente impossível pagarmos a dívida acumulada e a que, para pagar a que já temos (e recapitalizarmos os bancos), acabámos de contrair.”
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Luís Moleiro
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