«Sócrates e Passos vão ver se chove, não queremos voltar ao século XIX». Foi ao som deste slogan que Francisco Louçã e José Manuel Pureza percorreram hoje a baixa de Coimbra. Num distrito onde a eleição do líder parlamentar do BE é incerta – as sondagens apontam para a perda do deputado do Bloco – a comitiva contou com o reforço dos eurodeputados Miguel Portas e Marisa Matias.
Com poucas pessoas na rua, foi uma arruada ‘tímida’, com pouco do «contacto directo» em que os bloquistas apostam agora para convencer abstencionistas, indecisos e socialistas descontentes. Mas houve quem se dirigisse à rua Ferreira Borges propositadamente para falar com os responsáveis do BE - foi o caso de um grupo de trabalhadores da CRH, uma empresa de trabalho temporário que declarou insolvência, por dívidas à segurança social e ao fisco, atirando quase 3000 pessoas para o desemprego. «Mais uma falência fraudulenta», apontou Louçã.
Já em declarações aos jornalistas, o dirigente bloquista manifestou-se confiante nos resultados do partido em Coimbra, defendendo que o objectivo está para lá da manutenção de Pureza na Assembleia da República, passando pelo «reforço» da votação. Louçã avançou uma razão para isso: «As pessoas não podem votar contra si próprias, não podem votar para cortar a pensão dos pais». O apelo ao voto foi claramente dirigido. O BE pede o voto dos «socialistas desiludidos, das pessoas que estão indecisas ou que se abstém».
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