Francisco Louçã passou a dizer que o voto útil “é um voto de esquerda ” e apelou a quem é socialista e votou Sócrates “que pense agora o que vai fazer a 5 de Junho”.
O líder bloquista disse ser necessário pensar o que se faz no país “nos próximos 13 anos em que Portugal vai estar a pagar o acordo agora assinado com a troika”.
Apelou mesmo a que se olhasse para as crianças que brincam na praça e se veja o futuro. Frisou que apesar da importância e de terem assinado o documento com a troika os líderes do PS,PSD e CDS agora tenham dúvidas. E perguntou : “Então não sabiam do que falavam? Será que a campanha tem de começar de novo para eles nos dizerem afinal do que falavam?”, disse Louçã.
O líder do BE passou a explicar que existem dois documentos assinados pelo governo português. “Um não traduzido para português mas que foi assinado em nome dos portugueses. Mas existem diferenças entre as versões de 3 e 17 de Maio e considerou assim espantoso que duas semanas depois os partidos venham com cara de caso dizer que não conheciam bem o texto”,disse.
E voltou a perguntar: “Já repararam que eles nunca falam do texto que assinaram. Um emigrante até pode pensar que “a troika é um grupo de rock que vem ao festival da Zambujeira do Mar!” O líder do BE apelou aos partidos que “não finjam que não sabem”.
Louçã diz que a grande diferença entre uma versão e outra é antecipar para Julho os cortes no subsídio de despedimento que querem facilitar.
Antes o actual deputado e cabeça de lista por Leiria, Heitor de Sousa, disse que o comício decorria numa altura em que se está a entrar na segunda parte da campanha e em que mais nenhum partido para além do BE apresentou propostas distritais.
Frisou ainda que os programas eleitorais do PS,PSD e CDS são “a fingir, pois mesmo que prometam o céu existe é um inferno que nos espera”.
Já Helena Pinto , actual deputada, veio falar no voto de 5 de Junho dizendo que “o BE quer resgatar a verdade em que vivemos”. Considera ter havido “opções contra as pessoas enquanto uns assinam de cruz um documento que facilita os despedimentos e acaba com a Segurança Social Pública”.
Disse que a palavra social na boca de Sócrates “ficou vazia pois ele já a vendeu há muito”. Para o BE “o verdadeiro resgate tem data marcada para 5 de Junho” e reafirmou a “necessidade de se renegociar a dívida”.
Márcia Cardoso – advogada há mais de um década e independente pelo BE nestas eleições – foi a primeira oradora para dizer ser confrontada diariamente com processos de insolvência que aumentam os despedimentos e apelou à assinatura de uma petição contra os precários.
O comício do BE em Leiria começou com a música do grupo ‘os chocalhos’ que foram aquecendo o ambiente até às declarações políticas. Curiosamente neste comício de Leiria as bandeiras eram apenas vermelhas e roxas o que contrasta com o colorido de outras iniciativas desta campanha para as legislativas de 5 de Junho
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