O coordenador do BE disse hoje querer saber para onde vai a primeira "tranche do empréstimo", afirmando que aquilo que Grécia e Irlanda têm demonstrado é que ao arruinar "uma economia de um país, ela não recupera".
Francisco Louçã falava aos jornalistas no final de uma visita à Escola Secundária Marquês de Pombal, em Lisboa, tendo sido questionado sobre o facto da primeira tranche do empréstimo já ter chegado. "Se chega a primeira tranche eu quero saber para onde é que ela vai porque eu sei que dos 78 mil milhões vão 50 mil milhões para os credores, não é para Portugal; vão 12 mil milhões para a banca, não é para a economia que cria emprego; vão 30 mil milhões de euros depois para os juros, não é para Portugal", enunciou.
Segundo o deputado bloquista "José Sócrates diz que agora é preciso responder, pois é, mas ele não quis dizer aos portugueses o que quer fazer à segurança social". "E não diz porque é que daqui a menos de dois meses, um Governo do PS com o CDS - parece que é o que ele prefere - ou do CDS com o PSD -- parece que é o que outros preferem -- ou de todos juntos para fazerem a mesma coisa, vai estar a aumentar os impostos, a aumentar o IVA para ir retirar dinheiro na Segurança Social", criticou.
Louçã defendeu assim que "o que a Grécia e a Irlanda têm demonstrado é que se se arruína uma economia de um país ela não recupera". "É preciso ser responsável agora. Quem foge do seu país e atira para a frente as dificuldades, arrastando a economia para uma recessão, não é competente", criticou.
E por isso o cabeça de lista do Bloco por Lisboa defendeu que "a seriedade que o país precisa" é que os partidos respondam pelo memorando. "E cá estou eu para dizer que alternativas no resgate da dívida e na recuperação da economia são possíveis", afirmou.
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