Não é possível compreender a administração das prisões de São Paulo sem
olhar as articulações que existem entre
o Estado e o mundo do crime. Esta é a análise do pesquisador do Gevac -
Grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos da UFSCar
(Universidade Federal de São Carlos) Felipe Athayde Lins de Melo, que, depois
de actuar oito anos como gestor de políticas penitenciárias, defendeu a
dissertação de mestrado "Estado e mundo do crime na gestão da reintegração
social".
“As prisões de São Paulo só são administradas porque existem vínculos
muito fortes entre Estado e o mundo do crime. Quem administra o cotidiano do
interior de grande parte das unidades prisionais é o crime organizado. O
silêncio que vemos nas prisões, mesmo com a situação de superlotação, sem
motins ou rebeliões, é porque existe um processo de negociação em vigência”,
afirma Athayde Melo.
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