sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

AS PRISÕES DE S. PAULO E O MUNDO DO CRIME




Não é possível compreender a administração das prisões de São Paulo sem olhar as articulações que existem entre o Estado e o mundo do crime. Esta é a análise do pesquisador do Gevac - Grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Felipe Athayde Lins de Melo, que, depois de actuar oito anos como gestor de políticas penitenciárias, defendeu a dissertação de mestrado "Estado e mundo do crime na gestão da reintegração social". 
“As prisões de São Paulo só são administradas porque existem vínculos muito fortes entre Estado e o mundo do crime. Quem administra o cotidiano do interior de grande parte das unidades prisionais é o crime organizado. O silêncio que vemos nas prisões, mesmo com a situação de superlotação, sem motins ou rebeliões, é porque existe um processo de negociação em vigência”, afirma Athayde Melo.

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