Ainda
há poucos anos, o Prof. Boaventura Sousa Santos, sociólogo e detentor de um
vasto currículo e bibliografia, afirmava que vivemos numa democracia de baixa
intensidade. Seguindo este raciocínio, não temos dúvidas de que actualmente
estamos a baixar no ranking democrático, pois nenhum indicador prova, como a
ministra das Finanças quis fazer crer em Bruxelas, que o programa da troika foi
um sucesso e que Portugal é um país funcional.
Ora
vejamos alguns dados que contrariam completamente as palavras da ministra:
-
O relatório do Comité dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais das Nações
Unidas considera que o programa de ajuda externa teve um impacto adverso em Portugal,
no que diz respeito aos direitos económicos, sociais e culturais.
-
As mortes por desnutrição entre os mais idosos aumentaram 60% desde 2010,
precisamente nos anos da troika.
-
Mais de metade dos idosos que chegam aos hospitais têm carências alimentares
porque não comem carne, nem peixe nem lacticínios.
-
Mais de um quarto da população portuguesa encontra-se em privação material, ou
seja, passa fome. No caso das crianças há um terço que passa fome.
Ora, não se percebe como é possível
classificar Portugal como um país funcional verificando-se que largos estratos da
população não vêem satisfeita uma necessidade tão básica como a alimentação. A
realidade é bem diversa e, o que acontece é que o Governo PSD/CDS está a
colocar Portugal no caminho do subdesenvolvimento.
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