O Expresso de ontem (23/5) publica uma
entrevista de uma página com Catarina Martins, porta-voz da Comissão Permanente
do Bloco de Esquerda. Dessa entrevista há que salientar as seguintes afirmações
da nossa camarada:
Na
última Convenção encontrou-se um modelo de direcção que tem funcionado bem.
A
afirmação de uma só voz [no modelo de direcção] facilita.
Grande
parte das dores de crescimento do BE tem a ver com o facto de os protagonistas
serem outros. E isso precisa de novas relações de confiança, que foram sendo
geradas ao longo deste tempo.
Os
que fundaram o BE têm e devem ter um papel muito importante.
Numa
altura em que a direita tem uma grande hegemonia no discurso político é mais
difícil afirmar projectos com uma ideia transformadora imediata [como o do
Bloco].
[Entre
BE e PCP] há três diferenças fundamentais: a prioridade dada a diversas lutas;
o posicionamento internacional com uma postura clara na defesa dos direitos humanos
e da democracia. E há ainda uma diferença na forma de estar. O Bloco considera
que não é preciso ter hegemonia em todos os movimentos de esquerda.
A
esquerda precisa de um pólo claro e unido.
De
PCP e BE tivessem votos nas próximas eleições para formar governo, claro que o
formaríamos.
[Marinho
Pinto] é um simplista. Ouço-o falar muito de corrupção, mas não fala de
economia.
[Livre/Tempo
de Avançar] afastaram do programa a questão das privatizações e a renegociação da
dívida passa a ser “se for possível num contexto europeu”. Esquecem o tratado
orçamental. Tudo compromissos do Congresso das Alternativas…
[Livre/Tempo
de Avançar] já afirmaram publicamente que o seu programa é fazer uma aliança
com o PS.
[O
PS] tem um programa que será desdito no dia seguinte.
Até
ver, o PS tem um programa de direita.
A
esquerda precisa de mobilizar muito para essas eleições [presidenciais].
[Sobre
Sampaio da Nóvoa] não o percebo muito bem.
A
[esquerda aprendeu] que a unidade não se faz com acordos de gabinete. Precisa de
sustentação em movimentos sociais.
[Na
Grécia] não se pode resolver um problema de endividamento, criando mais
endividamento.
[Na
Grécia] defendo uma reestruturação da dívida.
[Na Grécia] não se pode ter nada do programa
eleitoral que os gregos sufragaram? Onde fica a democracia?
No dia em que a Europa resolver
os problemas das assimetrias humilhando os que estão a pedir um mínimo de
dignidade, acabou a UE.
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