domingo, 24 de maio de 2015

ENTREVISTA DE CATARINA MARTINS AO EXPRESSO


O Expresso de ontem (23/5) publica uma entrevista de uma página com Catarina Martins, porta-voz da Comissão Permanente do Bloco de Esquerda. Dessa entrevista há que salientar as seguintes afirmações da nossa camarada:

Na última Convenção encontrou-se um modelo de direcção que tem funcionado bem.
A afirmação de uma só voz [no modelo de direcção] facilita.
Grande parte das dores de crescimento do BE tem a ver com o facto de os protagonistas serem outros. E isso precisa de novas relações de confiança, que foram sendo geradas ao longo deste tempo.
Os que fundaram o BE têm e devem ter um papel muito importante.
Numa altura em que a direita tem uma grande hegemonia no discurso político é mais difícil afirmar projectos com uma ideia transformadora imediata [como o do Bloco].
[Entre BE e PCP] há três diferenças fundamentais: a prioridade dada a diversas lutas; o posicionamento internacional com uma postura clara na defesa dos direitos humanos e da democracia. E há ainda uma diferença na forma de estar. O Bloco considera que não é preciso ter hegemonia em todos os movimentos de esquerda.
A esquerda precisa de um pólo claro e unido.
De PCP e BE tivessem votos nas próximas eleições para formar governo, claro que o formaríamos.
[Marinho Pinto] é um simplista. Ouço-o falar muito de corrupção, mas não fala de economia.
[Livre/Tempo de Avançar] afastaram do programa a questão das privatizações e a renegociação da dívida passa a ser “se for possível num contexto europeu”. Esquecem o tratado orçamental. Tudo compromissos do Congresso das Alternativas…
[Livre/Tempo de Avançar] já afirmaram publicamente que o seu programa é fazer uma aliança com o PS.
[O PS] tem um programa que será desdito no dia seguinte.
Até ver, o PS tem um programa de direita.
A esquerda precisa de mobilizar muito para essas eleições [presidenciais].
[Sobre Sampaio da Nóvoa] não o percebo muito bem.
A [esquerda aprendeu] que a unidade não se faz com acordos de gabinete. Precisa de sustentação em movimentos sociais.
[Na Grécia] não se pode resolver um problema de endividamento, criando mais endividamento.
[Na Grécia] defendo uma reestruturação da dívida.
 [Na Grécia] não se pode ter nada do programa eleitoral que os gregos sufragaram? Onde fica a democracia?
No dia em que a Europa resolver os problemas das assimetrias humilhando os que estão a pedir um mínimo de dignidade, acabou a UE.
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