quarta-feira, 13 de maio de 2015

O PREÇO DA SAÚDE EM PORTUGAL


No dia em que se celebra o Dia Internacional do Enfermeiro (12 de Maio), o Correio da Manhã (CM) ouviu Germano Couto (GC), o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros que defende um novo modelo de financiamento dos hospitais.
CM – Quais as condições de trabalho no sector?
GC – As condições de trabalho em algumas unidades de saúde são péssimas. Os enfermeiros estão cansados. Têm turnos sobre turnos sem folgas. Estão mal remunerados, a atingir o limite. A segurança do paciente está em causa.
CM – Defende um novo modelo de financiamento da saúde?
GC – O actual modelo está gasto e é arcaico. Baseia-se no número de consultas e cirurgias, e não em resultados na saúde. Os hospitais têm de ser financiados de acordo com o bem que fazem aos doentes. Se um doente é mal operado e tem de ser operado uma segunda vez, o hospital recebe duas vezes. Isto é caricato.
CM – O modelo que defendem já é utilizado?
GC – É o modelo do Consórcio Internacional de Medição de Resultados e está implementado nos Estados Unidos, Escócia, Holanda e Suécia.
CM – O modelo tem mais custos?
GC – Hoje 27% do preço da saúde portuguesa é pago pelo doente do seu bolso, além dos impostos. É uma das saúdes mais caras do mundo.

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