A
história da greve dos pilotos da TAP ainda está longe de concluída já que
envolve demasiados aspectos estranhos que nunca saberemos se alguma vez verão à
luz do dia. As mais importantes informações que nos vão chegando conduzem-nos à
terrível sensação de que a paralisação dos pilotos coincidiu quase ponto por
ponto com os interesses do Governo e de todos aqueles que defendem a
privatização da TAP. Desde logo, a opinião pública ficou muito mais aberta a
que a nossa transportadora aérea seja passada a patacos e rapidamente.
Mas
vejamos alguns aspectos que são do conhecimento de todos mas que poucos ainda terão
pensado ligá-los:
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Desde logo a extensão da duração da greve, com os inerentes prejuízos para a
vida de muita gente que tinha viagens marcadas.
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A declaração de regozijo do sindicato dos pilotos pelo danos financeiros
causados á empresa.
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A explicação do Governo para não proceder à requisição civil dos pilotos.
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A indiferença da administração da TAP perante a situação dos passageiros
afectados, não lhes facultando, sequer, informação e acentuando, dir-se-ia de
propósito, os efeitos negativos da greve.
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A greve defendia, de facto, a privatização.
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A campanha contra esta paralisação transformou-se, de facto, numa campanha
desfavorável a todas as greves e, em geral, contra as organizações
representativas dos trabalhadores.
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O discurso do Governo em relação aos pilotos, apesar de crítico, foi
surpreendentemente brando.
Estamos perante um contexto que nos faz
recordar a afirmação daquele indivíduo que dizia: “eu não acredito em bruxas
mas que as há, há”.
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