terça-feira, 12 de maio de 2015

“NÃO ACREDITO EM BRUXAS MAS…”


A história da greve dos pilotos da TAP ainda está longe de concluída já que envolve demasiados aspectos estranhos que nunca saberemos se alguma vez verão à luz do dia. As mais importantes informações que nos vão chegando conduzem-nos à terrível sensação de que a paralisação dos pilotos coincidiu quase ponto por ponto com os interesses do Governo e de todos aqueles que defendem a privatização da TAP. Desde logo, a opinião pública ficou muito mais aberta a que a nossa transportadora aérea seja passada a patacos e rapidamente.
Mas vejamos alguns aspectos que são do conhecimento de todos mas que poucos ainda terão pensado ligá-los:
- Desde logo a extensão da duração da greve, com os inerentes prejuízos para a vida de muita gente que tinha viagens marcadas.
- A declaração de regozijo do sindicato dos pilotos pelo danos financeiros causados á empresa.
- A explicação do Governo para não proceder à requisição civil dos pilotos.
- A indiferença da administração da TAP perante a situação dos passageiros afectados, não lhes facultando, sequer, informação e acentuando, dir-se-ia de propósito, os efeitos negativos da greve.
- A greve defendia, de facto, a privatização.
- A campanha contra esta paralisação transformou-se, de facto, numa campanha desfavorável a todas as greves e, em geral, contra as organizações representativas dos trabalhadores.
- O discurso do Governo em relação aos pilotos, apesar de crítico, foi surpreendentemente brando. 
Estamos perante um contexto que nos faz recordar a afirmação daquele indivíduo que dizia: “eu não acredito em bruxas mas que as há, há”.

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