A
greve dos pilotos do Grupo TAP que teve início neste 1º de Maio e com uma
duração prevista de 10 dias pode vir a ser determinante para o futuro da nossa
companhia aérea.
Sendo
certo que os objectivos desta greve não são inteiramente transparentes, parece
claro que se fosse posto fim ao processo de privatização, a paralisação laboral
também cessaria.
Na
medida em que a greve é prejudicial para a manutenção do Grupo TAP como empresa
pública, cabe perguntar quem vai tirar benefícios desta luta dos pilotos. A
resposta a esta questão talvez explique muito do que se passar a seguir-se na
prossecução da privatização. Obviamente que são os defensores do fim da TAP
como empresa pública, com o Governo à frente.
O circo da propaganda está montado e o
primeiro número a sair tem a ver com o salário usufruído pelos pilotos, muito acima
da média, portanto, fácil de manipular perante a opinião pública, apesar de se
saber que estamos perante técnicos altamente especializados e cuja preparação é
muito cara. Vem a talho de foice lembrar os salários obscenos auferidos pelos
administradores da TAP e que são do quase desconhecimento da opinião pública.
Como aqui refere Raquel Varela, os cinco vogais do Conselho de Administração da
TAP mais o presidente, todos juntos auferem a módica quantia de 2,5 milhões de
euros anuais. Para que conste!
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