A
Cáritas Portuguesa registou no ano passado 21549 novos casos de pessoas em
situação de pobreza, o que corresponde a um aumento de 15,3% face a 2013.
No
total, a Cáritas apoiou no ano passado 160608 pessoas carenciadas,
correspondente a uma média de 440 por mês, tendo em conta o número de
atendimentos que as 20 Cáritas diocesanas prestam às comunidades.
O
número de famílias apoiadas também aumentou, passando de 52967 em 2013 para
63059 em 2014, o que significou uma subida de 19% (mais 10092 famílias).
Segundo
dados divulgados ontem (2 Março) a propósito da Semana Nacional da Cáritas, que
decorre até domingo, os baixos rendimentos e as questões relacionadas com o
trabalho são os principais motivos que levaram as pessoas e as famílias a
pedirem ajuda à instituição.
De
qualquer modo, os apoios prestados podem ser especificados nas seguintes ordens
de grandezas:
-
35% para os baixos rendimentos, as dívidas com água, gás e alimentação;
-
23% devido ao desemprego, emprego clandestino, trabalho precário e salários
baixos ou em atraso:
-
9% têm a ver com problemas variados relacionados com a família;
-
9% para ajudar problemas com a habitação;
-
8% para resolver problemas ligados à escola;
-
7% para apoios na área da saúde.
Como se percebe, estas informações são
prestadas por uma organização arredada da luta político-partidária e acima de
qualquer suspeita nessa área, o que atesta muito relativamente á sua isenção.
Compreende-se, assim, que a realidade que se vive em Portugal está muito
distante da que a propaganda governamental nos quer fazer crer. É, então, da
maior importância que a crueza da realidade seja denunciada aos portugueses
para que não fiquem quaisquer dúvidas relativamente à forma como sobrevive uma
parte muito significativa da nossa população.
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