domingo, 22 de março de 2015

SUÉCIA CELEBRA 40 ANOS DE LEI QUE DESCRIMINALIZOU O ABORTO



Tal como ainda hoje acontece em muitos países do mundo , de que o Brasil é um exemplo, até 1975 as mulheres suecas eram obrigadas a recorrer a clínicas clandestinas e inseguras; desde então, o país regista estabilidade tanto na taxa de abortos anuais como no crescimento da população.
Também na Suécia, salvo em casos excepcionais, o aborto era crime há 40 anos e, portanto, passível de condenaçao em tribunal. Essa situação levava aos cenários que bem conhecemos em Portugal: até à década de 1970 milhares de mulheres suecas morriam todos os anos em consequência de procedimentos mal feitos em clínicas ilegais ou, pior ainda, em locais sem qualquer protecção para a saúde da mulher. As que sobreviviam mas eram descobertas, tinham o destino traçado: o julgamento legal e moral e anos de prisão.
A lei, que devolveu às mulheres suecas o direito de decidir sobre seus próprios corpos, completou 40 anos em janeiro, e foi comemorada como uma das conquistas de direitos humanos e igualdade mais importantes de todos os tempos no país. Até mesmo um grande festival de música, organizado pela organização de direitos sexuais e reprodutivos RSFU (Riksförbundet för sexuell upplysning), foi realizado para comemorar a data. Entre o público havia famílias inteiras com crianças de tenra idade.
Em Portugal a legalizaçao do aborto teve lugar apenas em 2007 através de referendo, sendo permitido até à décima semana de gravidez, por vontade da mulher, independentemente dos motivos.
O Bloco de Esquerda orgulha-se legitimamente do papel determinante que desempenhou nesta luta contra uma injustiça e pela libertação das mulheres portuguesas.

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