Passados dois anos da morte de Hugo Chávez, o maior problema da
Venezuela neste período sem o líder é o esfriamento do processo de mudanças
sociais e materiais. A análise é do sociólogo Flávio Mendes, autor do livro Hugo Chávez em seu labirinto: o Movimento
Bolivariano e a política na Venezuela.
Para Mendes, nem o entusiasmo exacerbado da esquerda nem as críticas
superficiais da direita são capazes de explicar o legado de Hugo Chávez para Venezuela
e para América Latina. Para entender o chavismo, diz o autor, “é preciso um
distanciamento dos dois polos ideológicos”.
O sociólogo reconhece, no entanto, que o líder venezuelano foi
responsável por iniciar uma tendência de contraponto ao modelo vigente na
região. "Chávez inaugura um processo que podemos entender como uma crise
da hegemonia neoliberal na América Latina. Ele ajudou o continente a se
redescobrir."
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